Santa Vitória descobre sítio arqueológico

O Município de Santa Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Diretoria de Cultura e Equipe Técnica está descobrindo e registrando novos bens culturais, enriquecendo mais ainda o resgate da história local.

No mês de abril, a equipe da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, formada pela Diretora de Cultura, Maria das Dores Marques (Dorzinha), a arquiteta, Thays Pereira, o motorista, Francisco e o Historiador, Cláudio Scarparo estiveram na zona rural, região denominada Limeira, em busca de pistas de vestígios arqueológicos.

A região, próxima ao córrego da Limeira, onde em épocas passadas, com certeza, havia um volume de água maior do que o atual e, com isso, atraía os grupos indígenas que passavam pelo local. Há mais ou menos 15 anos atrás, o Historiador, Cláudio Scarparo, encontrou cacos cerâmicos na região, o que determinou a área como um local de aldeamento indígena.

Nesta visita, não foram encontrados os cacos cerâmicos, mas uma quantidade considerável de artefatos líticos (de pedra) espalhados perto do córrego. Estas ferramentas de pedra eram usadas pelos grupos nômades e sedentários, que habitaram a região em datas ainda incertas, mas bem antes da chegada dos colonizadores.

São ferramentas de corte que serviam para cortar carne, verduras, madeiras para a confecção de utensílios do dia a dia e armas como flechas e lanças. As madeiras não resistiram à ação do tempo, mas os artefatos de pedra resistem e sobrevivem há milhares de anos e, por isso, são a única testemunha deste tempo remoto, da história local.

Além dos artefatos encontrados, a equipe verificou uma região de belíssimas paisagens, que podem ser aproveitadas em atividades turísticas e culturais.

Os objetos, encontrados na superfície, foram coletados e estão em processo de limpeza. Os artefatos serão registrados e inventariados, sendo que o registro final será encaminhado ao IPHAN (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) e ao Ministério Público Estadual e Federal. Essas ocupações pode ter ido por grupos diferentes e em diferentes períodos. Há várias possibilidades de interpretação, que só será esclarecida com a realização de pesquisas arqueológicas.

A Secretária Municipal de Educação e Cultura, Francisca Vânia, já autorizou a Diretora do Departamento de Cultura, Maria das Dores Marques, buscar parcerias com órgãos públicos estaduais e federais para a realização de pesquisas científicas que irão ajudar no conhecimento da pré- história local e regional. O Sítio foi denominado de Limeira I, pois há a possibilidade de existir mais sítios arqueológicos na região.

Todo esse trabalho tem o apoio do prefeito, Salim Curi e da Câmara de Vereadores que querem ver o município desenvolvido em todas as áreas.