Você está aqui:

Líderes do Executivo, empresariais e religiosos de Santa Vitória lamentam falta de apoio para projeto benéfico à população

Ocorreu na tarde de segunda-feira (1º) mais uma reunião ordinária da Câmara de Santa Vitória. Em discussão estava a votação do projeto Nº 016/2019 que autorizaria o Poder Executivo a contratar operação de crédito com a Caixa Econômica Federal para a execução de obras essenciais e urgentes para a população, no valor de R$ 7.854.000,00 (sete milhões, oitocentos e cinquenta e quatro mil reais).

Tal projeto foi pauta de uma matéria que publicamos recentemente, onde entrevistamos moradores que sofriam com os constantes alagamentos pela falta de drenagem pluvial em alguns pontos da cidade.

Com a presença da Polícia Militar e de grande número de populares, os vereadores que fazem oposição ao Executivo Municipal, rejeitaram a matéria. Os recursos seriam utilizados para a construção de rede pluvial com uma extensão de aproximadamente 3.355 metros, uma vez que o projeto básico atual aumentou a extensão da rede pluvial na Avenida Joaquim Ribeiro de Gouveia, e ainda passa pelo bairro Morumbi, avenidas Padre Francisco Breyner, Eduardo Brandão de Azeredo, Genésio Franco de Morais, José da Silveira Guedes, Anísio R. Silva, Rua João Tosta e todo o Conjunto João Bigode. Também a construção de um moderno terminal rodoviário no distrito de Chaveslândia, com toda a infraestrura de asfalto para o entorno, bem como a construção de um estacionamento.

O prefeito municipal, Salim Curi lamentou a atuação limitada na legislatura, tendo em vista a minoria dos membros da Casa compor a base do Governo. Na oportunidade, também explicou a urgência para a aprovação deste projeto devido à proximidade do período chuvoso, que novamente colocará em risco a saúde e a segurança da população, bem como, o risco de não atender os prazos junto a Caixa Econômico Federal e perder esta importante linha de crédito.

Durante a reunião nós entrevistamos algumas pessoas presentes, dentre empresários, produtores rurais, líderes religiosos e políticos, que torciam pela aprovação do projeto, que acabou não ocorrendo.

O produtor rural, Diocélio Franco de Morais, afirmou que ambas as obras são de grande relevância para os moradores da cidade e do distrito e que diante dos fatos acreditava na coerência dos vereadores na aprovação.

O empresário Alteclei Tomaz de Oliveira, falou da dificuldade dos moradores de parte das avenidas Joaquim Ribeiro e Genésio Franco, durante o período chuvoso. “Eles enfrentam as enchentes que invadem as casas e os comércios. Por isso eu acreditava no bom senso dos vereadores”, disse.

A diretora administrativa e financeira do Sind UTE, Rose Maciel, contou que esteve presente na reunião para requerer a aprovação do projeto que atenderia a demanda dos moradores das áreas atingidas. “Este projeto não é um endividamento, mas sim um beneficiamento para a população de Santa Vitória”, rebateu.

Flávio Endrigo Medeiros de Souza, proprietário da empresa Trimac, disse que conhece bem a força das águas, já que seu comércio fica em um local de grande fluxo de enxurrada e afirmou que acreditava na aprovação do mesmo.

O empresário João Alves Batista (Dolar) considerava uma vitória a possível aprovação do projeto, uma vez que segundo ele as obras realizadas beneficiariam muito os moradores da cidade e do distrito de Chaveslândia.

Elias Silveira Cintra, pastor da igreja Casa de Oração, afirmou que sabe das dificuldades enfrentadas pelos moradores durante as enchentes e que tal aprovação iria de encontro com as necessidades daqueles moradores. “Nós precisamos nos colocar no lugar destas pessoas, que sofrem com a água invadindo seus lares. Eu vim para dar o meu apoio e torci pela aprovação”, ressaltou.

Fábio de Abreu Silva (Biloca) é um dos moradores que esteve presente e explicou as dificuldades enfrentadas durante as chuvas. Ele contou que fez uma rampa elevada para tentar barrar a entrada da água em sua residência. “Fiz o que estava ao meu alcance, mas enquanto o poder público não realizar uma obra no local, nada adiantará”, contou.

Durante a reunião, os vereadores da bancada que votaram a favor do Projeto – Joaquim de Lima, ngelo Parente, Edson Pinheiro e Zilmar Filho falaram sobre a importância e os benefícios destas obras para o município. “Alguns vereadores taxaram o projeto como endividamento. Eu considero endividamento quando não se consegue pagar. Eu considero investimento, pois atende as necessidades dos moradores que todo ano na época das chuvas têm suas casas invadidas pela água. Eu sou favorável ao projeto”, afirmou o líder do prefeito, Zilmar Filho.

Ao fim da reunião o projeto foi rejeitado por 6 votos a 4. Votaram contra o projeto os vereadores Assis Tostes, Antônio José de Queiroz, Marcos Cleber (Marquinho da Farmácia), Henrique Roberto (Henrique da Marcenaria) Eurípedes Henrique (Henrique Manquinho) e Eudécio Rezende.

Notícias Relacionadas